Pirâmides do Egito

Pirâmides do Egito: História, Significado e Dicas para Visitação

As pirâmides do Egito são monumentos que fascinam a humanidade há milênios. Construídas durante o Antigo Império, especialmente entre 2.700 a.C. e 1.700 a.C., serviam como tumbas para faraós e refletem a engenhosidade e a espiritualidade da civilização egípcia.​

O que restou hoje

Atualmente, as pirâmides de Gizé, próximas ao Cairo, são as mais bem preservadas e visitadas. A Grande Pirâmide de Quéops, a de Quéfren e a de Miquerinos permanecem como testemunhos da grandiosidade do Egito Antigo. Além delas, a Esfinge de Gizé é outro ícone imperdível.​iStockPhoto.com

Como visitar as pirâmides

Para visitar as pirâmides:

  • Horário de funcionamento: Verão (abril a setembro): 8h às 17h; Inverno (outubro a março): 8h às 16h. ​www.pyramid-of-giza.com
  • Ingressos: O ingresso básico para o complexo de Gizé custa 200 EGP (aproximadamente 18 USD). Entradas nas pirâmides específicas requerem ingressos adicionais. ​Egypt Tours Plus
  • Visitas guiadas: Recomenda-se contratar visitas guiadas para uma experiência mais enriquecedora. Opções estão disponíveis em plataformas como a GetYourGuide. ​

Exploração interna e cuidados

Visitantes podem entrar em algumas pirâmides, como a de Quéops, adquirindo ingressos específicos. Pesquisadores necessitam de autorizações especiais do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, responsável pela preservação desses monumentos.​

Textos Históricos sobre as Pirâmides do Egito

O órgão responsável pela preservação e administração dos sítios arqueológicos no Egito é o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, junto com o Supreme Council of Antiquities (SCA). Eles controlam o acesso, realizam projetos de restauração e coordenam colaborações internacionais para pesquisa e conservação.

As pirâmides do Egito são testemunhos atemporais da capacidade humana e da profundidade cultural de uma das civilizações mais influentes da história. Visitar essas estruturas é uma oportunidade única de conexão com o passado e reflexão sobre nossa própria jornada enquanto humanidade.​

1. Textos das Pirâmides

São os mais antigos textos religiosos conhecidos da humanidade, datando de cerca de 2.350 a.C. Eles foram inscritos nas paredes internas das pirâmides dos faraós da 5ª e 6ª dinastias, em Saqqara. Esses textos não explicam a construção, mas revelam o propósito espiritual das pirâmides, como rituais de ascensão do faraó ao mundo dos deuses.

Onde estão?
Pirâmide de Unas (último faraó da 5ª dinastia) e pirâmides de Teti, Pepi I e Pepi II (6ª dinastia), entre outras.


2. Papiro de Wadi al-Jarf (ou Papiro de Merer)

Este é o documento mais direto e concreto sobre a construção da Grande Pirâmide de Quéops (Khufu). Foi descoberto em 2013 por arqueólogos franceses em uma caverna no Mar Vermelho. Trata-se de um diário de um inspetor chamado Merer, que relata como ele e sua equipe transportaram blocos de calcário das pedreiras de Tura até Gizé por via fluvial.

Data: Cerca de 2.500 a.C., reinado de Quéops.
Importância: É a única fonte escrita contemporânea que menciona diretamente o faraó Quéops e a construção da pirâmide.
Onde está? Museu Egípcio do Cairo.


3. Heródoto – “Histórias” (Livro II)

O historiador grego Heródoto, conhecido como o “Pai da História”, visitou o Egito por volta de 450 a.C. e escreveu relatos sobre as pirâmides baseados no que os sacerdotes egípcios lhe contaram. Segundo ele, foram necessários 100 mil homens e 20 anos para construir a pirâmide de Quéops.

Limitações: Heródoto viveu mais de 2.000 anos depois da construção e muitos detalhes são considerados exagerados ou incorretos. Ainda assim, sua obra é uma das primeiras fontes escritas sobre as pirâmides a chegar até nós.


4. Inscrições nas Pedreiras e nos Canaviais de Pedra

Graffitis deixados por trabalhadores em blocos de pedra nas pedreiras e nos próprios blocos usados na pirâmide (especialmente dentro das câmaras) indicam o nome das equipes de trabalho, como “Os Amigos de Quéops” ou “Os Bebedores de Mênfis”.

Essas inscrições são fortes evidências de que as pirâmides foram construídas por trabalhadores egípcios organizados, e não por escravos, como se pensava anteriormente.


5. Achados Arqueológicos Complementares

  • Cidades de operários: Escavações próximas a Gizé revelaram vilas onde viviam trabalhadores que construíam as pirâmides. Esses sítios incluem padarias, cervejarias, ferramentas e ossadas humanas com sinais de cuidado médico.
  • Ferramentas e rampas: Foram encontrados restos de rampas de transporte e instrumentos de cobre usados para cortar pedras.

Embora não exista um “manual de instruções” da época explicando cada etapa da construção das pirâmides, os documentos e evidências arqueológicas — como o Papiro de Merer, os Textos das Pirâmides, inscrições, vestígios de trabalhadores e relatos antigos — formam um corpo de informações sólido que sustenta o conhecimento histórico e científico atual.

 

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